sábado, 19 de março de 2011

SEMPRE ALERTA!



P
                                                               Marilda de Barros Tavares


resa por roubar um pote de manteiga!
Quem não se lembra da história dessa mãe, pobre e desempregada, na cidade de São Paulo, que vivia em situação bastante precária e acabou por não resistir ao desejo de satisfazer a vontade de seu filhinho de 2 anos: comer um pão com manteiga! Afinal, que mal haveria em pegar apenas um, no meio de tantos e tantos potes de manteiga?
Seguindo essa lógica de pensamento, podemos nos perguntar que mal há em tantas outras coisas. Que mal há em contar apenas uma mentirinha, ou em fazer uma fofoquinha inocente ou um comentário sem maldade? Que mal há em contar apenas uma piadinha maliciosa ou em dar só uma espiadinha em um site pornográfico? Que mal há naquela puladinha de cerca no relacionamento conjugal, afinal é só uma escapadinha? Enfim... que mal há?
Quem nunca se viu diante dessas e de tantas outras situações tão “inofensivas” e, ao mesmo tempo, tão difíceis, conquanto nos colocam à prova? Quem nunca sucumbiu a uma delas?
A tentação pode parecer razoável. Pode ser um caminho mais fácil... uma situação atraente... e... de repente, o errado pode parecer certo, como no caso da mãe e o pote de manteiga.
Encontramos na bíblia (Gn 37:1 a 50:26) a história de José, que, vendido por seus irmãos como escravo, se tornou o segundo homem mais importante do Egito. Foi abençoado por Deus de tal forma que obtinha sucesso em tudo o que fazia enquanto servia na casa de Potifar, seu senhor. Tudo ia muito bem, até que a mulher de Potifar começou a olhá-lo com desejo carnal, chegando a propor-lhe várias vezes que se deitasse com ela. José era jovem, seus hormônios estavam à flor da pele e, certamente, ele viveu, naquele momento, uma batalha real, comum ainda nos dias de hoje entre os jovens cristãos. Ele poderia ter imaginado que aquilo lhe abria caminhos, lhe traria facilidades, lhe renderia vantagens e, por isso, ter aceito. Mas, ao contrário, manteve-se firme. Não cedeu aos encantos daquela mulher. Foi acusado injustamente, por ela, de cometer adultério. Pagou o preço! Foi preso! E preso por causa de uma mentira! Mesmo assim, manteve-se fiel a Deus e continuou andando com Ele (Gn 39:2 e 23)
Há algo em comum entre a história da mãe e o pote de manteiga e a história de José.
Ambos vivenciaram a experiência da tentação. Ambos tinham ambições, desejos e necessidades carnais. Porém a reação ante a tentação foi muito diferente.
A diferença está em que José manteve confiantemente seus olhos em Deus. A mãe, do pote de manteiga, manteve seus olhos na necessidade de seu filho. José confiou em Deus para resolver seu problema. A mãe confiou em si mesma. José foi fortalecido pelas tribulações que já havia vivido. A mãe foi, certamente, enfraquecida por elas. José, cada vez mais, se aproximava de Deus.  A mãe, ao que parece, cada vez mais se afastava de Deus.
Jesus, antes de iniciar seu ministério na terra, foi levado pelo Espírito Santo ao deserto onde foi terrivelmente tentado por Satanás (Mt 4:1-11) que usou a própria palavra de Deus para lograr seu intento. Tentou-O com tentações da carne – Jesus tinha fome (Mt 4:3). Tentou-O com tentações da alma, pretendendo atingi-Lo em seus desejos do ego – despertando a soberba, a vaidade e o reconhecimento de que era, de fato, o Filho de Deus. (Mt 4:5 e 9). “A intenção de Satanás era levar Jesus a pecar para, dessa forma, frustrar o plano de Deus para a redenção do homem, desqualificando-O como o Salvador” (A bíblia anotada – comentário). Jesus, porém, como Filho de Deus, conhecia sua missão; como o Verbo que se fez carne, conhecia suas fraquezas e buscou, também na Palavra, suas respostas a Satanás (Mt 4:4 e 7) expulsando-o de Sua presença (Mt 4:10),  frustrando, assim, o seu plano. Vemos que o ataque de Satanás contra Jesus foi exatamente aos aspectos que também se constituem em nossas fraquezas: prazer e poder.
Todos os dias temos desejos. Todos os dias temos necessidades: necessidades do corpo, necessidades da alma! Todos os dias somos expostos à situações tentadoras. Mas a bíblia nos ensina que Deus não permite que sejamos tentados além do que podemos resistir e, que, além disso, Ele próprio nos dá os meios para resistirmos às tentações. (ICo 10:13)
Lucado nos alerta que Satanás não ousa nos encarar. Ele joga sujo. 
 
[...] Ele espreita até o momento em que você está de costas. Espera suas defesas fraquejarem. [...] Então, aponta os dardos para o seu ponto mais fraco e... Na mosca! Você perde a calma, cobiça. Cai e se arrasta. [...] Você nega seu mestre. É Davi desnudando Bate-Seba. É Adão aceitando o fruto das mãos de Eva. É Abraão mentindo acerca de Sara. É Pedro negando que conhecia Jesus. É Noé, bêbado e nu em sua tenda. É Ló, deitando-se com suas próprias filhas. É o seu pior pesadelo. É repentino. É pecado.
Satanás anula nossa consciência [...] Sabemos o que estamos fazendo e, ainda assim, não acreditamos que estamos fazendo aquilo. [...] temos o desejo de parar, mas não encontramos forças para fazê-lo. [...] Queremos correr, mas, infelizmente, também queremos ficar. [...] Confusão, culpa, racionalização, desespero. É tudo isso. Coisas que batem forte. De repente, nos vemos cambaleando [...] (LUCADO in SWINDOLL C. et al.; 1999.p.108)
 Até mesmo os servos mais fiéis e que tinham íntima comunhão com Deus, foram sujeitos às tentações. Nós, da mesma forma, como crentes em Jesus Cristo, não estamos blindados, não estamos livres delas diariamente em nossas vidas. Porém, nossas necessidades pessoais não nos eximem da responsabilidade de obedecer a Deus, com quem temos um compromisso de fidelidade e de fé.
Aprendemos, quando observamos a atitude tanto de José como a de Jesus diante das tentações, que podemos lidar com elas. Precisamos, em primeiro lugar, confiar em Deus e manter nossos olhos firmados nEle todo o tempo (Sl 55:22, Is 26:3, Ti 4:7). Precisamos conhecer e usar a Palavra (Sl 119: 11, 25 e 28, Ef 6:17, 2 Tm 3:16). Precisamos, de igual modo conhecer, nossas fraquezas, sabendo que ali seremos atacados (Gl 5:16 e 17). Além disso, Paulo nos exorta em relação aos nossos pensamentos (Fl 4:8), porque eles são a origem de uma possível queda frente às tentações. Quando deixamos de ocupar nossas mentes com aquilo que procede de Deus nos tornamos alvos fáceis para o ataque de Satanás.
Assim, podemos fazer nosso, o lema dos escoteiros: sempre alerta! Afinal a bíblia nos ensina que devemos vigiar e orar em todo o tempo (Mt 26:41, Ef 6:18, IPe 5:8). Vencer a tentação é uma batalha que exige de nós, além de um relacionamento íntimo com Deus, força, coragem e determinação.
Sempre Alerta!








































 





sábado, 12 de março de 2011

Pensado sobre a Tentação dos servos de Deus, e sobre Boxe.

Vamos pensar sobre a Tentação dos servos de Deus, e sobre Boxe.

(Marcelo Ribeiro de Oliveira Mello)



    "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca."  (Jesus, em Mateus 26 : 41)


Alguém já disse, e eu adapto, aqui, que certa moça cristã estava determinada a vencer o diabo: se preparou se armou com bíblias de várias versões, memorizou versos e hinos de batalha espiritual, para pisar na cabeça do inimigo. Estava pronta para o combate, levantou sua guarda e perto do banco da praça, bradou: Satanás! Venha combater-me, caso tenhas coragem, pois estou fortemente preparada para vencer-te! Qual foi a surpresa desta mulher, quando, ao encontro dela, chegou um belo rapaz, bem vestido, educado, com voz aveluda, que quando por ela chamou com tal voz, logo, um frio de paixão subiu espinha dorsal acima, indo em direção ao coração desta jovem? –Olá? Que... Quem é você? Não é o diabo, certo? (perguntou-lhe ela, “desconcertando-se nas bases”). O Belo Jovem respondeu-a: - O diabo? Ah, claro que não! Ele não pode vir, mas eu sou seu secretário particular e vim representar-lhe, mas, aqui está tão frio, tome meu casaco, e vamos procurar um local mais adequado para conversarmos, sim?

Fim da história!? Ou seria o começo da derrota de tal moça?

Sim, a carne é fraca! Se não vigiarmos e orarmos, quando vier aquela imagem, de repente, de uma bonita pessoa a nossa frente, não teremos força para mudar a direção do olhar, não clicar no link, mudar de canal.

Sim, a carne é fraca. Quando estamos na igreja, louvando a Deus, recebendo uma ministração poderosa da palavra de Deus, logo concordamos, gritamos, choramos, estamos "super fortes"... Mas, quando saímos do ambiente de oração e, em nossa casa, não tiramos tempo para orar, ou, andando na rua, não oramos de olhos abertos, nem vigiamos, seremos facilmente atingidos pelos inúmeros secretários do diabo que estão a nos rodear.

Não pensemos que o diabo irá atacar-nos na área em que somos fortes, mas, sim, naquela área onde temos dificuldade de lidar, onde temos vergonha de pedir conselhos ou negligenciamos tomar medidas que possam nos fazer fortalecer nestas. Essa área poderá ser desde um grupo de colegas a contar piadas imorais até uma proposta para cometer assassinato a troco de dinheiro ou coisa semelhante. Para nossa surpresa: a diferença para cairmos em uma ou em outra tentação é mínima. Se não orarmos ou vigiarmos, cairemos feio. Se não fosse assim, Porque tantos escândalos? Porque tantos cristãos a se divorciar? Ministros de Deus a se separar e a trair? Porque perderam a luta de boxe e vieram a nocaute! E, basta um Soco para perder uma luta de Boxe!

A moça que citei anteriormente perdeu a luta de Boxe para o secretário do diabo. Ele deu-lha um gancho em sua paixão e seu coração desencoberto.


Um senhor cristão, muito freqüente e bem visto nos encontros de sua comunidade de fé, que abre um negócio, perde a luta de boxe, quando começa a sonegar impostos e achar que pode esconder isso das autoridades. Golpe Direito no Queixo financeiro do homem.

Um bom Jovem Cristão começa piratear CDs, DVDs, Softwares, e quando vê, já está comprando carro no famoso FINAN, tanto que sua consciência cauterizou-se.  Golpe rápido com a capa da luva, que esquentou e cauterizou a fronte do jovem, assim, sem sentir dor, de pirataria em pirataria, o jovem só sentirá a dor da queda, provará o gosto da lona.

Se estamos tontos, fomos esmurrados nesta luta, mas o gongo soou: ainda há chance! É neste momento em que há uma pequena pausa na luta e o técnico se aproxima de você e começa a dar conselhos que, se forem seguidos, poderão salvar-lhe da derrota, agora já iminente!

Para a referida moça de nosso exemplo anterior, o técnico poderia dizer!

    “Proteja o coração! Você está bem armada, mas falta algo fundamental!”


    "Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem às fontes da vida." (Provérbios 4 : 23)

Para o homem querendo sonegar impostos, e o rapaz pirateando softwares com a consciência cauterizada, o técnico diz:

    “Distribua os golpes, uniformemente! Golpeie todas as regiões necessárias!!!”

    "Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra."  (Romanos 13 : 7)


Enfim, caso se tenha entrado em estado de dormência, falta de visão, e percepção da presença do inimigo: o técnico diz:


    “Levante a guarda! Acorde! Lute!”


    "E disse-lhes: Por que estais dormindo? Levantai-vos, e orai, para que não entreis em tentação."  (Lucas 22 : 46)


Bom saber que já podemos aplicar o treinamento agora, mesmo, com uma breve, mas, a mais profunda oração, cuja parte dela diz:

    “... E não nos deixe cair em tentação, mas, livrai-nos do mal...”

Vigie! Ore! Isso é a própria Luta! E vença, no nome de Jesus.

Pensando sobre a Mordomia dos servos de Deus.

Vamos pensar sobre a Mordomia dos servos de Deus.
(Marcelo Ribeiro de Oliveira Mello)

Ensinos de Jesus, em Lucas 12:36-46
36 E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das bodas, para que, quando vier, e bater, logo possam abrir-lhe.
37 Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa e, chegando-se, os servirá.
38 E, se vier na segunda vigília, e se vier na terceira vigília, e os achar assim, bem-aventurados são os tais servos.
39 Sabei, porém, isto: que, se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria, e não deixaria minar a sua casa.
40 Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do homem à hora que não imaginais.
41 E disse-lhe Pedro: Senhor, dizes essa parábola a nós, ou também a todos?
42 E disse o SENHOR: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração?
43 Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.
44 Em verdade vos digo que sobre todos os seus bens o porá.
45 Mas, se aquele servo disser em seu coração: O meu senhor tarda em vir; e começar a espancar os criados e criadas, e a comer, e a beber, e a embriagar-se,
46 Virá o senhor daquele servo no dia em que o não espera, e numa hora que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis.

Do texto, sabemos que somos mordomos de Cristo, servos de Deus. Mas, o que vem a ser “mordomo”?
A Definição de mordomo, segundo o dicionário Michaelis é:
s. m. 1. Administrador de uma casa ou de um estabelecimento. 2. Aquele que administra bens de confrarias ou irmandades. 3. O que toma parte na direção de uma festa de igreja.
O termo Administrador soa mais familiar em nosso dia-a-dia, certo? Então, vamos desenvolver o termo “Administrador”.
No curso universitário de Administração de empresas, se aprende como levar uma organização ao sucesso por meio do bom gerenciamento de pessoas, recursos financeiros, tecnológicos, etc. Pensa-se em longo prazo, em metas, em responsabilidades. Valores como “honestidade”, “responsabilidade”, “integridade”, “otimismo”, “persistência”, “zelo”, são vistos como benéficos para uma boa Administração de Empresas, ou, por que não, um boa mordomia de empresas!
Do Filme Batman, chamo a atenção para o mordomo: Alfred. Uma pessoa reservada, atenciosa, zelosa. Cuidava de informações sigilosas do fictício herói, tais como “identidade secreta” e a “localização da Bat-Caverna”. Uma pessoa que tinha a confiança do homem morcego e era-lhe, até mesmo como um pai. Alguém poderia achar que Batman nunca iria resolver o problema de Gotham City sozinho, mas Alfred defendia seu ideal, e nele também acreditava e investia seu tempo e recursos neste propósito.
Assim, Jesus nos dá uma missão que requer verdadeira fé, responsabilidade, atenção, zelo, inteligência emocional, sensatez, que é ser mordomo.
Ser um bom mordomo de Cristo é a tangerina. Cada gomo da tangerina é uma característica de um mordomo. Um mordomo com o gomo “responsabilidade” podre, poderá apodrecer os demais gomos e com certeza o fará, caso sejamos displicentes. Ora, se já somos salvos por Cristo, isso seria um motivo para relaxarmos e sermos irresponsáveis? De maneira nenhuma: o próprio fato de cremos em Cristo nos faz fontes de águas vivas e:
"Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?" (Tiago 3 : 11).

Assim, um bom mordomo de Cristo terá todos os seus gomos alinhados ao querer de Cristo. Isso concorda com

"Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?" (Tiago 2 : 14).
Viver estado de mordomia constante significa vigiar, orar, para não cair em tentação. Significa guardar os bens que Jesus nos confiou que são nossos talentos e dons para serem usados na causa dele (e não para serem enterrados ou escondidos). Significa ser elogiado pelo próprio Cristo, quando na sua volta, o encontrar vigiando, e o colocar em sua mesa de honra.
“ Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa e, chegando-se, os servirá. “ (Lucas 12:37)

"Disse-lhe o seu SENHOR: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor." (Mateus 25 : 23)

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Trindade: Considerações

Por Cláudio Manoel

Vamos começar nossa conversa com alguns pontos importantíssimos:

A bíblia é a incontestável palavra de Deus.
Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.”(Hebreus 4:12)

“E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.” (II Timóteo 3:15-17)

“Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus.” (Mateus 22:29)

“Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (João 5:39)

Temos nas escrituras relatos sobre a manifestação de Deus, de Jesus e do Espírito Santo.
Para compreendermos como que podem três pessoas, serem apenas uma, precisamos ter fé.

“ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem.” (Hebreus 11:1)

É verdade! Não há como explicar a unidade de três pessoas. Mas a bíblia traz versículos que evidenciam essa unidade.

Há um só Deus
“Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós.”(Efésios 4:6)

Amado irmão com todo amor e carinho. Deixe de ser preguiçoso, abra sua bíblia, confira estas referências, grife-as... Elas serão usadas em momento oportuno.

(Deuteronômio 6:4; I Coríntios 8:4; Gálatas 3:20; I Timóteo 2:5)

Deus se revela em conjunto com Cristo e o Espírito Santo:
Gênesis; 1:26; 3:22; Isaías 6:8; 48:16; 61:1; Mateus 3:16-17; 28:19;

Cada membro da Trindade é Deus:
O Pai é Deus: João 6:27; Romanos 1:7; I Pedro 1:2.
O Filho é Deus: João 1:1, 14; Romanos 9:5, Colossenses 2:9; Hebreus 1:8; I João 5:20.
O Espírito Santo é Deus: Atos 5:3-4; I Coríntios 3:16; Romanos 8:9; João 14:16-17; Atos 2:1-4

Se procurarmos explicar a Trindade, encontraremos várias ilustrações: Ovo, (Casca, gema, clara), maçã (casca, poupa, semente), água (sólido, líquido, gasoso), tudo torna-se falho pois estes elementos ou estados são separáveis um do outro, e a bíblia afirma que Deus é o Pai, Jesus é Deus e o Espírito Santo é Deus.

Concluindo, um Deus infinito não pode ser descrito por uma ilustração finita.
“As coisas encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.” (Deuteronômio 29:29)

E em vez de focalizarmos na Trindade, nos ocupemos na grandeza de Deus e Sua natureza infinitamente maior que a nossa.
“Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos! Por que quem compreendeu a mente do Senhor? ou quem foi seu conselheiro?” (Romanos 11:33-34).




http://www.batistas.com/

http://www.estudosdabiblia.net/bd811.htm

http://www.gotquestions.org/portugues/Trindade-Biblia.html

Trindade

por Marilda  de Barros Tavares

Existe um desejo natural do ser humano de compreender e explicar todas as coisas, mesmo aquelas que estão muito além de nossas mentes limitadas.
Acreditamos naquilo que vemos. Acreditamos naquilo que tocamos. Acreditamos naquilo que a matemática demonstra. Acreditamos naquilo que a ciência comprova.
Mas, cremos também, naquilo que sentimos. Cremos naquilo que imaginamos. Cremos naquilo que experimentamos e não conseguimos tocar, que não conseguimos ver, que não conseguimos medir.
Cremos no invisível. Cremos no intangível. Cremos no mistério que nossa razão não consegue compreender. Simplesmente cremos. E cremos pela fé.
Fé! “... certeza de coisas que se esperam, convicção de fatos que não se vêem” (Hb11:1).
A fé torna real e prova coisas ainda não vistas, tratando-as como objetos da visão e não da esperança. Assim, pela fé, cremos que existe um só Deus (Ef 4:6). E, pela fé, cremos que o único Deus é,  Ele mesmo, o Pai (Jo 6:27, Rm 1:7, 1Pe 1:2), o Filho (Jo 3:16, 1Jo 5:1 e 20) e o Espírito Santo (Gn 1:2, Jo 14:16-17, Jo 16:13, At 2:4, Rm 8:14, Ef 4:30).
Deus Pai, criador do universo, soberano, eterno, fiel, justo, vivo e verdadeiro (Gn 1:1, 26 e 27, Ne 9:6, Jr 32:17, Sl 24:1, Sl 90:2, Sm 93:1, Sl 95:3, Rm 14:11, 2 Ti 2:13, 1Te1:9, Mt 16:16). Onisciente, onipresente e onipotente. Por Sua natureza, pode todas as coisas. Deus Filho, mediador entre Deus e o homem (1Ti 2:5), único caminho (Jo 14:6), um com o Pai desde a criação (Jo 1:1-5, Jo 10:30 e 38), nosso Salvador e Redentor (Sl 37:39, Sl 68:19, Is 52:10, At 4:11-12, 2Tm 2:10,Hb 2:3, 1Pe 1:5). Deus Espírito Santo, consolador que habita entre nós, convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo, e nos ensina sobre a Verdade (Jo 14:16 e 17, Is 42:1, Ez 36:27, Mt 1:8, 3:11, At 1:5-8, Rm 5:5, Gl 4:6, Ef 4:30, 1Te 5:19).
Eis o que se apresenta sobre a Trindade de Deus, que é infinito em cada uma de suas características. Se compreendê-la está muito longe de nosso alcance, tentar explicá-la seria no mínimo insensato, visto que a Triunidade de Deus é única e exclusivamente uma Revelação.
Algumas coisas Deus preferiu guardar para Si. A bíblia diz que “as coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus; porém as reveladas pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.” (Dt 29:29). Ele estabeleceu os limites e os propósitos de Sua revelação e, quanto ao que nos foi revelado, espera de nós obediência.
Isaías L. Pereira Júnior¹ sintetiza a Trindade da seguinte forma: “Deus se deu a conhecer na pessoa de Jesus, o Messias, ressuscitando-o dos mortos, oferecendo salvação aos homens por seu intermédio e derramando Seu Espírito sobre a igreja”.
Termino com um hino de adoração, encontrado em romanos 11:34-36, que fala que Deus é a fonte, o sustentador e o alvo de todas as coisas:
“Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria quanto do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e quão inescrutáveis os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro lhe deu a ele para que venha a ser restituído? Porque dele e por meio dele e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente! Amém!”
Sim, cremos no invisível!
 Sim, cremos no intangível!
Sim, cremos no mistério que nossa razão não consegue compreender. Simplesmente cremos. E cremos pela fé!
1.www.biblecourse.com/Portuguese


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Justificação

Por Claudio Manoel

Para falarmos de justificação, entendemos que justificar é considerar alguém justo. Em Romanos 3:21-26, vemos que aquele que tem fé no sacrifício de Cristo, se arrepende de seus pecados e aceita Cristo como Salvador de sua vida, é considerado Justo diante de Deus. Não se torna justo, mas é visto como justo pelo Senhor.

“Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo.” (Romanos 5:1)

Tomemos como exemplo as atitudes de respeito no meio militar, onde existe a necessidade de manter hierarquia e disciplina:
-Como forma de respeito, um militar de menor patente ao se deparar com outro, de patente superior, prontamente cumprimenta por meio da continência seu superior hierárquico, o superior como reconhecimento corresponde com o mesmo gesto.
Esta norma hierárquica não diz respeito ao indivíduo, mas às patentes. Quando se presta continência, não se faz olhando para o João, ou para o Juca, mas o que se vê é o Capitão, o Cabo, o Major, etc.
Podemos comparar então da seguinte forma:
Deus sabe quem somos (pecadores = Romanos 3:23), mas quando aceitamos a Cristo como nosso senhor, Ele (Deus) nos vê representados por Jesus, seu filho, que morreu no nosso lugar, justamente para que pudéssemos ser justificados.

“Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento.” (Marcos 2:17)

Justificação é o ato de Deus perdoar pecadores e os aceitar como justos por causa de Cristo.
Temos que lembrar que Deus é justo e nos permite viver as consequências de nossas decisões.

“Quando houver contenda entre alguns, e vierem a juízo, para que os julguem, ao justo justificarão, e ao injusto condenarão.” (Deuteronômio 25:1)

Entretanto por amor a Cristo, Deus renova permanentemente o falho relacionamento que os pecadores tinham com Ele.

“Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” (II Co 5.21).

Não é possível comprovar a justificação de alguém, por esta ser uma atribuição de Deus.
“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos.” (Salmos 139:23)

Somente Deus conhece nosso coração e pode testificar nossa justificação por Cristo.

Sim, Justificados!

Por Marilda de Barros Tavares

Há cura total ao alcance de todos! Esta é a boa-nova proclamada por Paulo sobre a extraordinária graça de Deus.
Mas... precisamos de cura? Ninguém procurará a cura até convencer-se de que está doente.
Criados à imagem e semelhança de Deus fomos separados dEle por um abismo provocado pelo pecado. A palavra de Deus nos ensina que todos pecamos e, por isso, precisamos de Sua graça. Assim, pelo pecado, o mundo está condenado à morte espiritual (Gn 2:17, Rm 5:12 e 6:23), e somente poderá libertar-se dessa sentença se encontrar a cura oferecida por Deus.
O apóstolo Paulo descreve a condição perene e universal da pecaminosidade do homem, no capítulo 3 do livro de romanos, quando afirma, baseado nos escritos do antigo testamento (Sl 5:9, 10:7, 14:1-3, 140:3, Is 59:7-8) que “não há ninguém que entenda, não há ninguém que busque a Deus; todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há um sequer”.
Apesar dessa condição do homem, Deus, em sua infinita misericórdia, manifestou seu amor para conosco quando nos salvou e nos libertou da penalidade de morte (Is 53:5 e 6, I Pe 2:24, 2 Co 5:21) “mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, [...] para que, justificados por graça, nos tornemos herdeiros, segundo a esperança da vida eterna” (Tt 3:5 e 7 ), Jesus Cristo.
Justificar, no antigo testamento, era um termo legal que significava assegurar um veredito favorável, absolver, declarar justo (Dt 25:1).
Justificados por graça! Deus toma a iniciativa (Jo 3:16) e nos oferece os meios, para a justificação (declaração de perdão), pela redenção que há em Cristo. O pecador, arrependido e que crê em Cristo (Jo 3:36) – que levou nossos pecados – é considerado justo diante de Deus (At 13:38 e 39, Gl 2:16), não será mais punido por seu pecado (Rm 8:1-2, 5:16, Jr 31:34, Hb 10:17 e 18) e será restaurado por Seu favor, por Sua graça (Rm 6:14,). Assim, aquele que confia em Cristo, é remido da culpa e da penalidade decorrente do pecado (Ef 1:7, At.10:43, Mt 26:28, Lc 24: 47, Rm 8:33, Cl 2:13), recebe o dom divino da justiça (Rm 3:26, 4:5,6:18, 10:4 e 10, 14:17) e é declarado, por Deus, justo (Rm 5:1).
A justificação ocorre somente pela graça (Rm 3:24) pelo sangue (Rm 5:9, Hb 9:22) e pela fé (Rm 3:28) e torna-nos herdeiros (Rm 8:16 e 17, Gl 3:26, Hb 2:11) e amigos (Ti 2:23) de Deus que é, Ele mesmo, justo e justificador (Rm 3:26b).
É importante ressaltar que o fato de sermos justificados diante de Deus não altera nossa condição de pecadores; simplesmente transforma o modo de Deus olhar para nós – Ele passa a nos ver por meio daquilo que Cristo representa para Ele.
Sim, precisamos de cura!
Sim, há cura ao alcance total de todos!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Justificação e Trindade

Por Francielle Pereira de Mello Oliveira

Após um debate gostoso no domingo passado dos temas assunto deste artigo, parei para refletir a riqueza, os detalhes e mistérios do assunto em questão. Conhecer a verdade a respeito de Deus, seu caráter e atributos é o ponto de partida. Gostei muito do artigo de Evelin, perfeitamente embasado, mas neste meu artigo, prefiro reter-me a exemplos e simplicidade de linguagem, já que meu público alvo são os adolescentes entre 12 e 15 anos.
“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.” (RM 5:1)
Justificação, seguindo as orientações de palavras-chaves ditas po Rodrigo, é o reconhecimento dos atributos de Deus (santidade, amor, bondade, misericórdia, justiça...),que necessitamos refletir, mas por sermos pecadores, precisamos de um padrão/modelo a seguir. Todavia, só conseguiremos trilhar o caminho para seguir os passos do Pai, por meio do padrão perfeito: JESUS Cristo, a quem devemos imitar para ser Seu modelo/padrão diante de pessoas que não o conhecem . Deus enviou JESUS para nos dar a salvação pelos nossos pecados. Essa salvação se opera em nós através de um arrependimento individual pela consciência de que somos pecadores, que necessitamos do perdão de Deus, que se manifesta por meio da aceitação pela fé em Cristo JEsus! Por causa dessa natureza pecaminosa, não somos justos. Na bíblia diz: “que não há um justo, nem um sequer.” (RM 3:10) , logo, a Justificação, em síntese, é o ato de sermos transformados JUSTOS em Cristo JESUS , pela fé Nele de quem Ele é: Filho de Deus, que está a direita do Pai, que intercede por nós diariamente, e é o nosso modelo/padrão a seguir.
Para enriquecer mais a questão de Justificação e fé, transcrevo parte da pregação de Caio Fábio sobre o assunto: “Quando eu disse que a palavra “justificados” só pode ser de fato internalizada se acontecer em nós uma consciência em fé, o que eu estou dizendo é isto mesmo. Portanto, não se trata apenas de ajudar o indivíduo a conceber uma idéia. Mas sim de leva-lo pela Palavra da fé a experimentar no seu próprio coração o significado da justificação como uma verdade que pacifica a alma.

Isto porque o texto prossegue dizendo: “...justificados, pois, mediante a fé, temos...”—não é teremos e nem tivemos—“...paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”. Ora, o interessante é que a promessa é algo que se existencializa no presente, e está falando de se ter paz com Deus já... “já passou da morte para a vida”.

Sim, se está falando de algo que quando se instala, arranca de nós as fobias do divino, do sagrado, os medos espirituais, despovoa o coração de todos os temores, e agasalha na alma da gente a certeza, a confiança, a reconciliação, a pacificação.

Sim, essa fé inclui-nos em Deus de tal modo que já não existe nenhum obstáculo, nenhuma separação em nós em relação a Deus, visto que o problema da reconciliação é só do homem, posto que Deus já se reconciliou com o mundo em Cristo Jesus.”

Sim, essa fé realiza o ato-humano da reconciliação, e não apenas como um valor de compreensão teológica, mas como uma experiência do coração que vive em fé, de tal modo que penetra na gente uma certeza que se torna maior que o mundo, maior que o absurdo, maior que a vida, maior que a angústia, maior do que qualquer outra coisa. (http://www.caiofabio.net/conteudo.asp?codigo=02765&format=sim, grifos da autora do artigo)

"As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei." (Deuteronômio 29:29)
Renato Russo, da Legio Urbana, artista consagrado pela mídia, disse em sua música “Indios”:
“Quem me dera
Ao menos uma vez
Entender como um só Deus
Ao mesmo tempo é três
Esse mesmo Deus
Foi morto por vocês
Sua maldade, então
Deixaram Deus tão triste.” (negrito da autora)
A letra desta música reflete a curiosidade humana que faz parte da alma e intelecto de querer entender o mistério divino. A música quer repassar a idéia do artista que há três deuses, mas isto não é verdade. Sabemos através da Bíblia, que há apenas um só Deus (Ef. 4:6), que se manifesta em três pessoas distintas , iguais em importância e divindade, que agem de forma diferente, mas que são unidas num mesmo propósito. Podemos ver os três agindo na criação (Gn 1), e no batismo de JESUS (Mc 1:9-11).
Tony Evans, em seu livro “Deus é Tremendo”comenta e ilustra o assunto de forma bem interessante: “A pluralidade de Deus também aparece nas descrições de Deus. O Pai é chamado Deus (Gl. 1:1; Ef. 1:2-3). O Filho é chamado de Deus (Jo. 20:28). O Espírito Santo é chamado de Deus (At. 5:3-4). Em Hebreus 1:8, Deus Pai chama a Deus Filho de “Deus”:

Hebreus 1:8,9 - "Mas do Filho diz: O teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos, e cetro de eqüidade é o cetro do teu reino. Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros;".

Assim, os três agem em unidade; um Deus em três pessoas, igual em essência embora distinto em função. A melhor ilustração da trindade é a família: um homem e uma mulher que se unem, e os filhos que têm a mesma essência da mãe e do pai. Quando Deus nos criou à sua semelhança, a primeira coisa que fez foi criar a família.” (pág. 49 e 50)

Portanto, como entender e explicar a trindade de Deus? Não há resposta! Está acima de nossa compreensão. Eis uma verdade que temos que aceitar: Se pudessemos compreender tudo a respeito de Deus, Ele não seria Deus. Eis uma verdade que temos que declarar: Deuteronômio 29:29.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sobre a Trindade e Justificação

por Evelyn Oliveira Dias

Introdução:
Para iniciar este artigo é preciso ter em mente que nós como batistas temos uma doutrina que nos define, ou seja, um conjunto de princípios retirados da palavra de Deus que baseiam a nossa fé e prática.
Aceitando e crendo nestes princípios, sabemos que a palavra de Deus, a bíblia, é a forma que Deus encontrou de se revelar aos homens e falar sobre o seu plano de salvação e reconciliação. Para isso utilizou pessoas que foram inspiradas pelo Espírito Santo a escrever instruções divinas que revelam os critérios que serão utilizados por Deus para julgar a todos. Sabendo disto os homens devem tomar a bíblia como verdadeira e sem erro e seguir os ensinamentos de Jesus em sua conduta diária. (Jo 10.35/ 2Pe 1.21/ Rm 16.25,26/ 2Sm 23.2/ At 3.21/ 2Tm 3.16,17)

Trindade:
A bíblia nos fala que Deus é: único, eterno, infinito, imutável, onipotente, onisciente, onipresente; é perfeito em santidade, justiça, verdade e amor. Ele é o criador, sustentador, redentor, juiz e Senhor da história e do universo e ele se revela a nós como Pai, Filho e Espírito Santo. (Dt 6.4/ Sl 139/ 1Co 8.6/ 1Tm 2.5,6/ 1Tm 1.17/ Ml 3.6/ Tg 1.17/ Gn 1.1/ At 17.24-26/ 1Pe 1.20)
Como foi dito acima Deus se revela como Pai, Filho e Espírito Santo e essa é a composição da Trindade. Nossa mente humana muitas vezes não consegue entender como um único Deus pode se revelar através de três pessoas distintas, mas se analisarmos a bíblia e a atuação de Deus através do tempo na vida da humanidade, entenderemos o porquê dele se revelar de formas tão específicas mesmo sendo um desde a criação do universo.
Deus Pai – O criador. Pai de Jesus Cristo. Aqueles que aceitam a Jesus Cristo e nele crêem são feitos filhos de Deus, nascidos pelo seu espírito, e, assim, passam a tê-lo como Pai celestial, dele recebendo proteção e disciplina.
No início da Bíblia nós temos a criação do mundo e dos homens e vemos que com a queda do homem no jardim do éden, Deus iniciou um plano de resgate desse homem que havia pecado ao comer do fruto da árvore do bem e do mal. Através de alguns personagens bíblicos como Abraão, Isaque, Jacó e Moisés, Deus estabelece novas alianças e vai abençoando aqueles que o reconhecem como Senhor. No entanto, este relacionamento era repleto de rituais e leis que deveriam ser respeitadas e quando isso não acontecia, os homens eram consumidos pela gloriosa presença e justiça de Deus. Poderíamos dizer que nesse tempo histórico Deus atuava pautado na Lei. (Gênesis e Êxodo/ Dt 32.6-18/ Lc 1.35/ Jo 1.12,13/ Rm 8.14-17)
Deus Filho - Jesus Cristo, um em essência com o Pai, é o eterno Filho de Deus; embora estivesse presente desde a criação do universo, Ele se fez carne, foi gerado pelo Espírito Santo e nascido da Virgem Maria, sendo portanto, Deus e homem. É a imagem expressa de Deus revelada ao homem. Ele veio ao mundo para obedecer a vontade de Deus, sofrer pelos nossos pecados, ser crucificado e ressuscitar, tornando-se então o único mediador entre Deus e os homens e o único e suficiente Salvador e Senhor. Ele voltará a este mundo, para julgar os homens e liberá-los ou não de pagar o preço do pecado que cometeram.
Tendo em vista a atuação de Deus Pai através da lei, vemos neste momento histórico Deus atuar através de seu filho Jesus Cristo agindo de forma amorosa, sentindo o peso dos nossos pecados e nos dando a liberdade de nos relacionarmos com Ele através de uma decisão. A mensagem principal de Deus através de Jesus Cristo era o arrependimento e decisão de nos voltar para ele com coração sincero; fazendo isso Deus habitaria não mais em templos e tendas e se apegaria a rituais contidos na lei; mas habitaria dentro de nós mesmos e modificaria o nosso modo de viver através da nossa fé, estando apegado a sinceridade dos nossos corações perante ele. (Mt 1.18-23; 3.17/ 1Co 8.6/ Is 7.14/ Jo 10.30,38/ Cl 1.15-19/ Is 53/ Rm 8/ At 2.22-24/ Jo 14.6/ Mt 28.20/ 1Co 15.24-28/ Jo 3.16-20)
Deus Espírito Santo – É um em essência com o Pai e com o Filho, é pessoa divina. É o Espírito da verdade. Estava presente na criação do mundo e inspirou os homens a escreverem a bíblia. Ele ilumina os homens e os capacita a entender a palavra de Deus. O recebimento do Espírito Santo acontece quando os homens reconhecem que são pecadores e que só através de Jesus podem ser salvos. É através dele que mostramos ao mundo que somos diferentes pois ele nos convence do pecado e faz com que as nossas atitudes sejam modificadas pela palavra de Deus. (Gn 1.2/ Jo 16.13; 14.17; 15.26/ 2Pe 1.21/ 1Co 2.10-14/ Jo 16.8-11/ Rm 8.9-11/ Ef 4.30/ 1Co 12.7,11/ Gl 5.22-26).
Neste momento histórico Deus atua através do Espírito Santo para demonstrar que mesmo que não possamos “ver” o Cristo que ressuscitou, Ele está conosco até o dia da sua volta e é possível senti-lo nos guiando e perceber a sua atuação através da transformação das nossas mentes e das nossas atitudes.
Após todas as explicações dadas acima, vemos que a trindade representa o caráter completo de Deus e as diversas formas que ele utilizou e utilizará até o fim dos tempos para se revelar a nós e nos fazer entender o seu grandioso amor. Mas se mesmo após essas explicações você meu amigo leitor ainda tem dificuldade em entender a grandeza do amor e atuação de Deus em nossas vidas, deixo à você duas passagens bíblicas que são importantes para nós, seres tão limitados. Elas são:
Deuteronômio 29:29 – As coisas encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e aos nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei;
Hebreus 11:1-3 – A fé é a certeza de que vamos receber as coisas que esperamos e a prova de que existem coisas que não podemos ver. Foi pela fé que as pessoas do passado conseguiram a aprovação de Deus. É pela fé que entendemos que o universo foi criado pela palavra de Deus e que aquilo que pode ser visto foi feito daquilo que não se vê.
Justificação:
Para entender a justificação que é parte integrante do processo de salvação é preciso saber quem somos e de onde viemos e para isto conceituaremos a luz da bíblia quem é o homem e a origem do seu pecado.
O Homem - Foi criado por Deus à sua imagem e semelhança. Seu corpo foi feito do pó da terra e para o mesmo pó voltará. (Gn 1.26-31/ Gn 2.7; 3.19/ Ec 12.7)
O Pecado - No início do universo o homem não tinha maldade em seu coração e vivia em plena comunhão com Deus. Mas, satanás através de uma serpente o tentou, fazendo-o comer o fruto da árvore do bem e do mal. A partir daí o homem teve o seu coração tomado pela maldade. Por causa da desobediência, do pecado e da nossa rejeição à Deus ficamos então sujeitos à morte eterna. (Gn 2.15-17; 3.8-13/ Ec 7.29/ Rm 5.12-19/ Rm 1.18-27/ Rm 8.7-22/ Jo 3.36/ Ef 2.5/ Rm 3.20/ Ef 2.8,9)
Tendo entendido quem somos e de onde viemos, percebemos que estamos afastados de Deus e por isso estamos sujeitos à morte eterna, sendo necessário nos aproximar de Deus para que tenhamos a vida eterna. Para isto precisamos nos arrepender dos nossos pecados, reconhecendo a Cristo como o único e suficiente salvador para que sejamos aceitos e chamados novamente de filhos de Deus. Só assim daremos início ao nosso processo de salvação.
O processo de salvação é composto de alguns passos que todos nós ao aceitar e reconhecer Jesus Cristo como salvador teremos de passar. Eles são: regeneração, justificação, santificação e glorificação. Neste artigo abordaremos as duas primeiras etapas.
A Salvação é dada por Deus de forma individual e gratuita. Para recebê-la é preciso que o homem se arrependa dos seus pecados e reconheça que Jesus Cristo é o único que pode nos salvar. (Ef 2.8,9/ At 4.12/ 1Pe 1.18-25/ Rm 5.10/ Rm 6.23)
A regeneração é o primeiro passo da salvação em que Deus nos faz nascer de novo. É o momento em que o pecador recebe o perdão e se torna filho de Deus, tendo a vida eterna. Nesse momento o Espírito Santo passa a habitar em nós, o que promoverá através de um novo entendimento de quem é Deus e de sua palavra, uma mudança no agir do homem, fazendo com que ele se afaste do pecado e se volte para Deus. (Dt 30.6/ Ez 36.26,27/ Jo 3.3-5/ 1Pe 1.3/ / Rm 8.1-16/ 2Co 1.21,22/ Rm 6.22,23)
A justificação ocorre juntamente com a regeneração. Deus concede o perdão aos homens considerando-os justos através do sacrifício de Jesus e os capacita a levar uma vida correta. Devemos nos lembrar que não é possível ter a justificação por outro meio que não a fé em Jesus Cristo. (Rm 8.33/ Rm 3.24/ Rm 5.1/ 1Co 1.30/ Gl 5.22/Fp 1.9-11)
Sendo assim, vemos que para iniciar o nosso relacionamento com Deus precisamos ter a atitude de reconhecê-lo como o único capaz de nos dar a vida eterna e de nos fornecer uma nova perspectiva de vida enquanto ainda estamos neste corpo mortal.
Fonte: www.bastistas.com e bíblia sagrada

Sugestão de Leitura - Justificação


Para que se compreenda sobre justificação da maneira intensa em que esta doutrina deve ser entendida, devemos antes buscar o auxílio de uma parte da Teologia chamada de Sistemática. Bem verdade é que a teologia, por si só, é de difícil compreensão e quando se trata de teologia sistemática, o trabalho é bem mais árduo. Contudo, o que se busca aqui não é o aprofundamento teológico, mas algum entendimento sobre Deus.
É na teologia sistemática que se estuda sobre a natureza de Deus, também conhecida como os atributos de Deus. Tais atributos são didaticamente divididos em naturais e morais. Os atributos naturais não podem ser reproduzidos pelo homem, pois pertencem somente a Deus. Alguns exemplos desses atributos são a onisciência, onipotência e onipresença. Já os atributos morais podem ser reproduzidos pelo homem. Um desses atributos é exatamente a justiça, tema de nossa aula.
O que significa ser justo? Será que é a mesma coisa que ser bom? A Bíblia nos fala sobre um Deus que é justo e que exerce a justiça. Pense agora no grande problema a ser resolvido por Deus depois da queda do homem. Ele queria restaurar o relacionamento com o homem (porque outro atributo moral de Deus é o amor), mas ao mesmo tempo deveria ser justo. Como resolver isso? O homem tinha errado e jamais conseguiria restaurar esse relacionamento com Deus por si só. Seria preciso um plano muito bem elaborado, perfeito em sua execução, um plano de salvação.
Imagine que um dia alguém muito querido toca a campainha de sua casa. De modo muito cuidadoso essa pessoa relata sua condição financeira que não era nada boa. Ela reúne então todas as suas forças e engole todo o seu orgulho para lhe pedir uma ajuda financeira. Como as contas estavam bastante atrasadas, o valor era bem significativo. Você conhecia muito bem aquela pessoa e tinha a quantia a ser emprestada. Foi muito fácil tomar aquela decisão. Emprestou o dinheiro. Veja bem a palavra: Emprestou e não deu o dinheiro.
Depois de um tempo finalmente chegou o dia do acerto de contas. No horário combinado a pessoa não aparece em sua casa. Simplesmente some de sua vista. Por mais que você tente encontra-lo, não consegue e logo percebe que até mentiras são contadas para que o encontro de acerto de contas não aconteça. Mas um dia, por essas coincidências da vida, você encontraria o devedor na rua. O encontro fora tão repentino que não haveria condições para mudar de direção, correr para o outro lado da rua e etc. Seu amigo abaixa o semblante, começa a chorar e lhe perde perdão por tudo aquilo que estava acontecendo. Ele lhe explica que estava tentando trabalhar, mas a situação do mercado de trabalho estava muito difícil, ainda mais para alguém quase na casa dos sessenta anos de idade. Você então se comove com aquela situação e toda a insatisfação que antes você sentia pelas mentiras contadas dá lugar a um enorme sentimento de perdão conduzido por um amor infinito. A sua vontade é de abraçar o seu amigo e dizer que já não havia mais dívida alguma, mas por mais que isso pudesse ser feito em nome do amor não seria justo. Lembre-se que havia uma dívida a ser paga. O que fazer então? Como ser justo e ao mesmo tempo amoroso? Essa era a questão.
Depois de uns dias você tem uma ideia maravilhosa, mas para isso um elaborado plano deveria ser executado. Nessa época você tinha somente um filho e você pede para que ele vá até a casa de seu amigo com um pacote de dinheiro com o valor do empréstimo e algumas instruções dentro do envelope. O seu filho então vai até a casa de seu amigo, mas no caminho muitas coisas querem tirá-lo do caminho que ele deveria seguir. No início ele sentiu uma vontade enorme de comprar uns pirulitos e sorvete porque estava já a algum tempo sem comer. Depois ele ficou pensando na possibilidade de comprar um monte de brinquedos, na verdade qualquer brinquedo que ele quisesse, mas ele seguiu firme no seu caminho.
O seu amigo ao receber o pacote viu que lá dentro havia bastante dinheiro. Dentro também haveria algumas instruções. “Querido e amado amigo... sinceramente queria muito ter te perdoado de toda a dívida em nome de meu amor, mas isso não seria justo. Portanto, aí dentro desse envelope está todo o dinheiro que você me deve e mais uma boa quantia para que você viva bem por uns meses. Esse dinheiro não é emprestado, mas sim dado. Lembre-se que parte dele deve ser usado para pagar a dívida. Estou te aguardando aqui em casa hoje a noite para celebrarmos com um belo churrasco”.
Na hora marcada lá estava ele com o dinheiro na mão para pagar a dívida, mas se sentiu culpado por tudo o que havia acontecido e mais uma vez pediu perdão. Você então diz que não existe mais dívida. Tudo havia sido justificado em nome do amor.
Foi exatamente isso o que aconteceu entre Deus e nós. Ele precisava ser justo, mas ao mesmo tempo ser amoroso. O plano de salvação foi elaborado para que nós pudéssemos alcançar essa justiça. Jesus foi a forma com que Deus encontrou para exercer a sua justiça e amor. Em Cristo nós fomos justificados e, por isso a salvação está a nossa disposição. Nenhuma culpa pode mais existir porque Deus nos fez justos ao pagar Ele mesmo a nossa dívida.

Recomendação Literária - Mandato Cultural (Caderno Sibapa)

INTRODUÇÃO

É bem possível que se não todas, a maioria das pessoas já tenha tido a triste experiência de ter passado ou ter ouvido sobre as consequências trágicas de um acidente. Quando um acidente grave acontece a morte é sempre esperada como desfecho. Contudo, não é sempre que a morte acontece, mas mesmo assim as sequelas físicas e emocionais podem permanecer por muito tempo e, em alguns casos, permanecer por toda a vida. Foi exatamente isso o que aconteceu com alguém que se envolveu num terrível acidente automobilístico. Seu carro se chocou de frente com uma grande carreta carregada de sal. Em questão de segundos toda uma vida poderia ter terminado ali, mas quis Deus que a tragédia não fosse tão grande.
Apesar da morte não ter sido a consequência desse acidente, restou um joelho esquerdo triturado em mais de vinte pedaços. Uma longa cirurgia de reconstrução, muitos e muitos meses de exercícios fisioterápicos tiveram que ser feitos, mas nada poderia se comparar ao estímulo que andar, simplesmente andar fazia à musculatura da perna afetada. Mesmo com todos os cuidados para diminuir o efeito da disfuncionalidade ou da falta de estímulo, a perna foi se atrofiando.
Quando finalmente chegou o dia de colocar o pé no chão alguma coisa mudou. Os músculos começaram a ser estimulados de uma forma diferente, mais intensa, mais equilibrada. Uma força que há muito tempo tinha desaparecido finalmente havia voltado. O estímulo dado pela função (utilidade) foi suficiente para trazer a musculatura da perna ao seu estado normal.
A atrofia espiritual parece ser a consequência natural de quem ainda não compreendeu o importante significado da palavra MINISTÉRIO. Depois do dia mais importante na vida de qualquer cristão, muitos têm enxergado nos bancos da igreja o seu principal estímulo. Pouco se desenvolvem, pouco caminham e, por isso, atrofiam. Quando o verdadeiro significado da palavra MINISTÉRIO acompanha o cristão em sua jornada, um estímulo, uma motivação muito grande se estabelece para que este cresça constantemente e não se atrofie. Assim, o objetivo principal dessa aula é contribuir para que você descubra essa fonte inesgotável de motivação que está presente no MINISTÉRIO.

Base conceitual de Ministério (Atos 6:1-6):

Como é difícil entender alguém que fala em outra língua não é mesmo? Há inclusive um ditado popular para dizer que não se entendeu nada do que uma pessoa disse. Dizemos assim: Falou grego! Coincidentemente existe uma palavra em grego que define o que de fato é ministério. É a palavra Diakonos que significa servir. Isso mesmo! A tradução fiel para a palavra ministério é servir. Interessante não é mesmo? Quem quer exercer um ministério deve estar disposto a servir.
O texto bíblico de Atos 6:1-6 mostra exatamente isso. Nessa época, o número de cristãos havia crescido muito e uma diferença, um desentendimento começou a existir entre cristãos gregos e hebreus, em função das viúvas gregas estarem sendo esquecidas na distribuição diária ( O Novo Comentário Bíblico). Os apóstolos então observaram que seria necessário escolher outras pessoas para cuidar desses assuntos para que a mensagem do evangelho de Cristo continuasse a ser transmitida. Era assim instituída a função da diaconia, em outras palavras, o serviço a outras pessoas.

Leia, reflita e depois dê a sua opinião:

1. A base conceitual de Ministério é servir. Como você entende esse serviço?
2. Quais são as características de alguém que serve num Ministério?
3. O ministério pode ser remunerado ou não?
4. E se o ministério for remunerado, como no caso de um pastor de igreja, continua sendo ministério?
5. É possível exercer um ministério fora da igreja?

Muito bem. Após uma grande confusão sobre o que realmente é ou não ministério, é bem provável que a discussão proposta no exercício anterior ainda não tenha chegado a uma conclusão final. Mas tenha paciência, pois vamos conseguir chegar lá!
Leia com bastante calma a seguinte afirmação feita pelo Pr. Ed René da Igreja Batista de Agua Branca: “Trabalho é servir a Deus para colocar ordem no caos”. Antes de você começar a pensar no que ele está querendo dizer, vamos nos concentrar primeiramente em alguns pontos importantes sobre o que se chama MANDATO CULTURAL.
Há uma ideia geral de que para que alguém possa de fato estar envolvido em um ministério, algumas posturas devem ser assumidas:

1. Um ministério deve sempre ser voluntário;
2. Um ministério deve sempre ser exercido dentro da igreja;
3. Um ministério deve sempre estar voltado para a prática do evangelismo;
4. Uma função ministerial é sempre voltada para o contexto religioso.

Se alguma dessas condições não for estabelecida, automaticamente não se está inserido no contexto de ministério. Em outras palavras, se alguém quer servir a Deus em um ministério, deve entender o seu chamado e partir para o voluntariado dentro da igreja. Essa talvez seja uma das maiores contradições da igreja moderna. Muitos inclusive chegam a afirmar que gostariam de, depois da aposentadoria, se dedicar mais a Deus servindo em um ministério na igreja porque terão mais tempo.
Perceba que a maioria de nós coloca um limite muito bem definido sobre dois tipos de vida diferentes: uma vida secular e uma vida cristã. Mas será que existe espaço para uma vida secular na vida de um cristão? E se isso não for assim, se a vida cristã fosse somente uma, independente de onde se esteja, não deveríamos estar também servindo a Deus em qualquer lugar onde estivéssemos? Se ministério significa servir, será que podemos servir somente no trabalho voluntário e dentro da igreja?
Na medida em que você vai refletindo nessas perguntas, pense também no alvo do nosso ministério. Relacionando a palavra ministério com servir, podemos fazer isso em três diferentes direções. Podemos servir a Deus (Atos 13:2), a outros cristãos (Hebreus 6:10) e a pessoas não cristãs (Mateus 5:13). Perceba que o servir engloba a vida do cristão como um todo, sem diferenciação de tempo, lugar ou espaço. Em outras palavras, significa dizer que independente de onde o cristão esteja, ele deve servir, inclusive se esse serviço for remunerado.
Essa nova forma de interpretar o ministério é denominada de Mandato Cultural e com ela um conceito abrangente de adoração a Deus se estabelece. Isto é, onde um cristão estiver, seja como presidente de uma empresa, como um profissional liberal, como voluntário ou em qualquer outra situação, deve entender que num mundo onde impera valores como corrupção, falta de ética, violência e tantos outros valores opostos aos valores de Cristo, a expressão clara de serviço a Deus está presente nas escolhas diárias que honram a Deus. Num primeiro momento isso pode parecer um pouco estranho, mas cada cristão foi chamado para exercer o seu ministério através do seu mandato cultural.
O conceito de Mandato Cultural está em Gênesis 1:28. Leia o que esse texto diz: “E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra”. A ideia de dominar diz respeito a manter a ordem naquilo que Deus criou.
No início tudo era um caos, mas Deus colocou ordem em tudo e designou o homem para que cuidasse dessa ordem. Em outras palavras, significa dizer que trabalho é “servir a Deus, contribuir para colocar ordem no caos”. Que caos? Qualquer um. Isso mesmo! Qualquer desordem no mundo deve ser restaurada pela a ação do serviço de um cristão, independente do lugar, do tempo e da remuneração. Um empresário cristão que trabalha em sua empresa e é remunerado para isso pode servir a Deus da mesma forma como alguém que trabalha voluntariamente na igreja. Entender isso é absolutamente libertador! Sim! Libertador porque significa que você entendeu a soberania de Deus em toda, literalmente toda a sua vida. Ao exercer o seu mandato cultural você dá o melhor de si porque está, de fato, servindo a Deus.

Para a reflexão do docente: De que forma Mordomia e Mandato Cultural estão relacionados?

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Artigos da Semana

No domingo passado(20/02)fizemos o nosso primeiro debate sobre os dois primeiros temas de nossas aulas: Justificação e Trindade. Lembrem-se dos principais pontos que foram debatidos e escrevam os seus artigos até próxima quarta (23/02).

Grande abraço a todos!

* Tivemos apenas 3 ausências. Vamos chegar a 100% de presença no próximo Domingo!

TEMAS para o próximo domingo (27/02/11): Mordomia e Tentação

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Recomendação Literária - Trindade

A Trindade

Quando comecei a estudar a Bíblia, anos atrás, a doutrina da Trindade foi um dos problemas mais complexos que encontrei, Nunca cheguei a uma conclusão satisfatória, porque parte dela é mistério. Apesar de não entendê-la totalmente até hoje, aceito-a como revelação de Deus.
A Bíblia me ensina que o Espírito Santo é um ser vivo. É uma das três pessoas da Trindade. Explicar e ilustrar a Trindade é uma das tarefas mais difíceis que se pode dar a um cristão. O Dr. David McKenna contou-me certa vez que Doug, seu pequeno filho, lhe perguntou: – Deus Pai é Deus? Ele respondeu: – Sim. – Jesus Cristo é Deus? – Sim. – O Espírito Santo é Deus? – Sim. – Então como Jesus pode ser Seu próprio Pai? David pensou rápido. Eles estavam naquele momento sentados em um velho Chevrolet 1958. – Escute, filho, ele respondeu. – Ali debaixo do capô está a bateria. Eu posso usá-la para acender as luzes, tocar a buzina e dar partida no carro. Como isto acontece é um mistério – mas acontece! concluiu.
A Bíblia nos ensina a realidade da Trindade, tanto no Antigo como no Novo Testamento. Estudemos algumas passagens.
Deus revela a Si mesmo na Bíblia progressivamente. Mas há indicações desde o começo do livro de Gênesis de que Deus existe em três pessoas – Pai, Filho e Espírito Santo – e que estas três pessoas constituem o único Deus. O cristianismo é trinitário, não unitário. Ao mesmo tempo há um só Deus e não três, deixando claro que o cristianismo não é politeísta.
A Bíblia começa com uma afirmação majestosa: "No princípio criou Deus os céus e a terra" (Gên. 1:1).
Estudiosos de hebraico me disseram que na língua hebraica há três graus de número: Singular – um; dual – dois; plural – mais de dois. A palavra traduzida por "Deus" em Gênesis 1:1 é plural, indicando mais de dois. A palavra hebraica é Elohim. Matthew Henry diz que ela significa "a pluralidade de pessoas na deidade: Pai, Filho e Espírito Santo. Este nome de Deus no plural.. . (confirma) nossa fé na doutrina da Trindade, que é claramente revelada m Novo Testamento, apesar de só levemente sugerida no Antigo".1
Vemos no relato da criação que Deus desde o início nos fornece algumas indicações da verdade de que a Deidade se compõe de mais de uma pessoa. Eu grifei algumas palavras. Em Gênesis 1:26 Deus diz: "Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sabre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra."
Mais adiante, em Gênesis 3:22, o Senhor Deus disse: "Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal." E em Gênesis 11:6, 7 o Senhor disse: "Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas o começo: agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer. Vinde, desçamos e confundamos ali a sua linguagem, para que um não enteada a linguagem do outro." Quando Isaías ouviu a voz do Senhor, dizendo: "A quem enviarei, e quem há de ir por nós?", ele respondeu: "Eis-me aqui. Envia-me a mim!" (Isaías 6:8).
A doutrina da Trindade está bem mais desenvolvida no Novo do que no Antigo Testamento. Já que a revelação é progressiva, mais luz foi lançada sobre o assunto que estamos estudando. Quando Deus Se revelou totalmente no tempo de Cristo e dos apóstolos.
Em Mateus 28:18-20 está registrada a última ordem de Jesus antes da Sua ascensão. Ele diz aos Seus seguidores: "Fazei discípulos de todas as nações", batizando os convertidos "Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século." Jesus ensinou aqui que Seus seguidores deveriam levar a mensagem do Seu Evangelho a todas as nações, depois de Ele deixá-los. O Espírito Santo iria usá-los para convocar um povo para a Seu nome. Esta comissão trinitária para batizar associa o Espírito Santo com Deus Pai e Deus Filho como igual a Eles. Ele é Deus Espírito Santo.
É emocionante notar que Jesus diz que não deixará os crentes sozinhos. Através do Espírito Santo que Ele e o Pai enviaram, Ele nunca nos deixará nem nos abandonará (Heb. 13:5). Ele permanecerá com cada crente até o último instante. Este pensamento me tem encorajado centenas de vezes nestes dias sombrios, em que as forças satânicas estão operando em tantos lugares diferentes do mundo.
Dentro desta mesma linha de pensamento, o apóstolo Paulo afirmou: "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós" (2 Cor. 13:14). Esta bênção não deixa dúvidas de que o Espírito Santo é um com o Pai e um com o Filho na Deidade. Não é um mais um mais um igual a três. É um vezes um vezes um igual a um. O Espírito Santo é um com o Pai e com o Filho. Se o Pai é Deus, e Jesus é Deus, então o Espírito Santo também é Deus.
O principal problema da doutrina da Trindade é que o cristianismo diz ser monoteísta. Rejeita o politeísmo, a crença em mais de um Deus. A resposta é que a Trindade preserva a unidade da Deidade, reconhecendo ao mesmo tempo que nela há três pessoas, que não deixam de ser uma em essência. Deus é um, mas esta unidade não é simples – é complexa.
Isto é um assunto terrivelmente difícil – muito além da capacidade de compreensão das nossas mentes limitadas. Mesmo assim é extremamente importante declarar a posição bíblica, e ficar em silêncio onde a Bíblia não diz nada. Deus Pai é plenamente Deus. Deus Filho e Deus Espírito também. A Bíblia apresenta isto como um fato. Não o explica. Apesar disto, muitas explicações têm sido sugeridas, algumas parecendo ser bem lógicas, mas nenhuma consegue preservar a verdade do que a Escritura ensina.
O "modalismo" foi uma heresia dos primeiros tempos do cristianismo. Ensinava que Deus apareceu em diferentes épocas sob três modos ou formas diferentes – primeiro como Pai, mais tarde como Filho, e por último como Espírito. Os que defendiam este ponto de vista pensavam que ele preservava a unidade do monoteísmo. Mas significava também que quando Jesus orava, Ele tinha de falar consigo mesmo. Além disto um texto como o de Atos 2, que diz que o Pai e o Filho enviaram o Espírito Santo, faz pouco sentido no modalismo. Acima de tudo, esta posição violava a mais clara apresentação da Trindade em unidade, expressada na Grande Comissão de Jesus, registrada por Mateus. Jesus disse claramente que Seus discípulos deveriam batizar os convertidos "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo". A construção da frase no grego deixa claro que Jesus está se referindo a três pessoas diferentes. Ele ensinou, sem margem de dúvida, a doutrina da Trindade.
Vimos até aqui que o Espírito Santo é uma pessoa, é Deus, e faz parte da Trindade. Quem não reconhecer isto não terá a Sua alegria e poder. De fato, uma compreensão deficiente de qualquer pessoa da Trindade trará a mesma conseqüência, porque Deus é importante em todos os sentidos. Mas isto vale especialmente para o Espírito Santo, porque apesar de o Pai ser a fonte de todas as bênçãos, e o Filho o canal de todas as bênçãos, é pela ação do Espírito Santo em nós que toda a verdade se torna viva e operante em nossas vidas.
Para resumir tudo isto, a afirmação mais importante que eu posso fazer é esta: não há nada que o Pai Seja e o Espírito santo não seja. O Espírito Santo tem todos os aspectos essenciais da deidade. Podemos dizer dEle a mesma coisa que o antigo Credo Niceno disse de Jesus Cristo: Ele é verdadeiro Deus de verdadeiro Deus! Assim, nós dobramos as joelhos diante dEle, nós O adoramos, e O tratamos em tudo como a Escritura exige que tratemos o Deus Todo-Poderoso.

Quem é o Espírito Santo? Ele é Deus!

Extraído do Livro:O PODER DO ESPÍRITO SANTO - Billy Graham