quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Justificação e Trindade

Por Francielle Pereira de Mello Oliveira

Após um debate gostoso no domingo passado dos temas assunto deste artigo, parei para refletir a riqueza, os detalhes e mistérios do assunto em questão. Conhecer a verdade a respeito de Deus, seu caráter e atributos é o ponto de partida. Gostei muito do artigo de Evelin, perfeitamente embasado, mas neste meu artigo, prefiro reter-me a exemplos e simplicidade de linguagem, já que meu público alvo são os adolescentes entre 12 e 15 anos.
“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus.” (RM 5:1)
Justificação, seguindo as orientações de palavras-chaves ditas po Rodrigo, é o reconhecimento dos atributos de Deus (santidade, amor, bondade, misericórdia, justiça...),que necessitamos refletir, mas por sermos pecadores, precisamos de um padrão/modelo a seguir. Todavia, só conseguiremos trilhar o caminho para seguir os passos do Pai, por meio do padrão perfeito: JESUS Cristo, a quem devemos imitar para ser Seu modelo/padrão diante de pessoas que não o conhecem . Deus enviou JESUS para nos dar a salvação pelos nossos pecados. Essa salvação se opera em nós através de um arrependimento individual pela consciência de que somos pecadores, que necessitamos do perdão de Deus, que se manifesta por meio da aceitação pela fé em Cristo JEsus! Por causa dessa natureza pecaminosa, não somos justos. Na bíblia diz: “que não há um justo, nem um sequer.” (RM 3:10) , logo, a Justificação, em síntese, é o ato de sermos transformados JUSTOS em Cristo JESUS , pela fé Nele de quem Ele é: Filho de Deus, que está a direita do Pai, que intercede por nós diariamente, e é o nosso modelo/padrão a seguir.
Para enriquecer mais a questão de Justificação e fé, transcrevo parte da pregação de Caio Fábio sobre o assunto: “Quando eu disse que a palavra “justificados” só pode ser de fato internalizada se acontecer em nós uma consciência em fé, o que eu estou dizendo é isto mesmo. Portanto, não se trata apenas de ajudar o indivíduo a conceber uma idéia. Mas sim de leva-lo pela Palavra da fé a experimentar no seu próprio coração o significado da justificação como uma verdade que pacifica a alma.

Isto porque o texto prossegue dizendo: “...justificados, pois, mediante a fé, temos...”—não é teremos e nem tivemos—“...paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”. Ora, o interessante é que a promessa é algo que se existencializa no presente, e está falando de se ter paz com Deus já... “já passou da morte para a vida”.

Sim, se está falando de algo que quando se instala, arranca de nós as fobias do divino, do sagrado, os medos espirituais, despovoa o coração de todos os temores, e agasalha na alma da gente a certeza, a confiança, a reconciliação, a pacificação.

Sim, essa fé inclui-nos em Deus de tal modo que já não existe nenhum obstáculo, nenhuma separação em nós em relação a Deus, visto que o problema da reconciliação é só do homem, posto que Deus já se reconciliou com o mundo em Cristo Jesus.”

Sim, essa fé realiza o ato-humano da reconciliação, e não apenas como um valor de compreensão teológica, mas como uma experiência do coração que vive em fé, de tal modo que penetra na gente uma certeza que se torna maior que o mundo, maior que o absurdo, maior que a vida, maior que a angústia, maior do que qualquer outra coisa. (http://www.caiofabio.net/conteudo.asp?codigo=02765&format=sim, grifos da autora do artigo)

"As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a nós e a nossos filhos, para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei." (Deuteronômio 29:29)
Renato Russo, da Legio Urbana, artista consagrado pela mídia, disse em sua música “Indios”:
“Quem me dera
Ao menos uma vez
Entender como um só Deus
Ao mesmo tempo é três
Esse mesmo Deus
Foi morto por vocês
Sua maldade, então
Deixaram Deus tão triste.” (negrito da autora)
A letra desta música reflete a curiosidade humana que faz parte da alma e intelecto de querer entender o mistério divino. A música quer repassar a idéia do artista que há três deuses, mas isto não é verdade. Sabemos através da Bíblia, que há apenas um só Deus (Ef. 4:6), que se manifesta em três pessoas distintas , iguais em importância e divindade, que agem de forma diferente, mas que são unidas num mesmo propósito. Podemos ver os três agindo na criação (Gn 1), e no batismo de JESUS (Mc 1:9-11).
Tony Evans, em seu livro “Deus é Tremendo”comenta e ilustra o assunto de forma bem interessante: “A pluralidade de Deus também aparece nas descrições de Deus. O Pai é chamado Deus (Gl. 1:1; Ef. 1:2-3). O Filho é chamado de Deus (Jo. 20:28). O Espírito Santo é chamado de Deus (At. 5:3-4). Em Hebreus 1:8, Deus Pai chama a Deus Filho de “Deus”:

Hebreus 1:8,9 - "Mas do Filho diz: O teu trono, ó Deus, subsiste pelos séculos dos séculos, e cetro de eqüidade é o cetro do teu reino. Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros;".

Assim, os três agem em unidade; um Deus em três pessoas, igual em essência embora distinto em função. A melhor ilustração da trindade é a família: um homem e uma mulher que se unem, e os filhos que têm a mesma essência da mãe e do pai. Quando Deus nos criou à sua semelhança, a primeira coisa que fez foi criar a família.” (pág. 49 e 50)

Portanto, como entender e explicar a trindade de Deus? Não há resposta! Está acima de nossa compreensão. Eis uma verdade que temos que aceitar: Se pudessemos compreender tudo a respeito de Deus, Ele não seria Deus. Eis uma verdade que temos que declarar: Deuteronômio 29:29.

Nenhum comentário:

Postar um comentário